Ontem, voltando para casa conversava com um colega de trabalho. Orgulhoso ele contava-me sobre seu pai, quando bateu a curiosidade que me fez questionar: -Junior, o que é ter pai? Ele respondeu: -Pra mim ele foi um herói. Quando passei no vestibular, ele chorou de emoção. No dia em que estava triste, ele me levou pra jogar bola. Sempre que chegava tarde do trabalho, ele ia me buscar. Se eu não tivesse dinheiro para comprar meus livros, ele comprava pra mim. Nunca deixou que eu pagasse minha faculdade sozinho. Jamais o vi brigar comigo na frente dos outros, nem me bater. Fazia questão de me mostrar que sempre fui prioridade em sua vida. Toda semana iamos jantar fora, jogávamos video game e falávamos de futebol. Sabendo que nunca gostei de cigarro, evitava ao máximo fumar na minha frente. Festas de final de ano nunca passavam vazias, sempre em família e muitos presentes. Se me visse chorar, ficava furioso até saber o motivo. Nunca dormia quando eu saia para as baladas, esperando-me acordado ao voltar no outro dia. Foi o cara que me ensinou a ser homem, me dando caráter e dignidade. Com um sorriso sereno na face, perguntou-me: -E você? -Eu? Bem... - Sem jeito, puxando pelas recordações, comecei: Nunca tive um herói. Quando passei no vestibular, nem parabéns recebi. No dia em que estava triste, quase fui agredido por passar 7 minutos no banho. Sempre que chegava tarde do trabalho, tinha que vir caminhando, até mesmo em dias de chuva. Se eu não tivesse dinheiro para comprar livros, tinha que pedir empréstimos no banco, pois recebi um não ao precisar de sua ajuda. Nunca me ajudou a pagar a faculdade. Muitas vezes brigava comigo na frente dos outros, às vezes apanhava sem saber por quê. Fazia questão de nos mostrar que seu carro tinha mais valor que qualquer membro de sua família. Sabendo que nunca gostei de cigarro, soltava fumaça bem próximo de mim, fazendo-me passar mal com falta de ar. Festas de final de ano, passávamos cada um em seu canto, aguentando seu jeito frio, mau humorado e silencioso de torturar alguém, nem mesmo um feliz Natal. Se me visse chorar, sentia prazer, sensação de satisfação ao nos ver com medo, tristes, chorando. Nunca deixava de dormir quando eu saia para a balada, aliás, nem se importava se eu estava em casa ou não. Não me ensinou a ser homem, mas um dia me cobrou. Com olhos de expanto, ele perguntou: -Esse é seu pai? Triste, respondi: -Ao contrário de você, não sei o que é ter pai. Lu Mounier
InfoMoney 07 abril 2008 SÃO PAULO - Dinheiro traz felicidade. Ao menos é isso o que mostra pesquisa realizada pela Fearp (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP (Universidade de São Paulo), detalhando, ainda, que os brasileiros estão mais preocupados em ter efetivamente uma renda do que ganhar mais do que aqueles com nível social semelhante.As informações foram obtidas na dissertação de mestrado "Economia e felicidade: um estudo empírico dos determinantes da felicidade no Brasil", de Sabrina Vieira Lima. Os dados analisados foram coletados dos levantamentos do instituto norte-americano World Values Survey 1991 e 1997, realizados com 2.931 brasileiros de todas as regiões do País.Influências"Essa relação tende a ter um peso maior para as pessoas que estão próximas da linha de pobreza ou de situações de não atendimento adequado de suas necessidades básicas de sobrevivência", explicou Sabrina em seu estudo.Segundo informações publicadas pela USP Online, a economista selecionou variáveis sócio-econômicas e demográficas para determinar o que mais influenciava a felicidade do brasileiro: renda absoluta (ter renda); renda comparativa, ou seja, ganhar mais ou menos do que as pessoas em condições semelhantes às suas; o desemprego; a probabilidade de a pessoa desempregada conseguir emprego; a probabilidade de a pessoa empregada perder o emprego; escolaridade; gênero; estado civil; idade; religião e região do País em que se vive. Emprego. Além de maior renda, disseram-se mais felizes os homensd que estão empregados e casados.Assim como se preocupa em ter dinheiro, os brasileiros também consideram como determinante da felicidade ter ou não um emprego, sem se importar tanto com a probabilidade de conseguir uma vaga ou ficar desempregado. Leia mais: Sinal verde: CNI aponta para mercado de trabalho aquecido em 2008
Quero ele, mas quero muito Ouço no meu gravador murmúrios dele Procuro ele no mar, por todo o navio Quero ele, menino triste Quero ele por trás delePor cima da mesa Quero Querelle, quero querê-las Quero tê-las, seus bagos, suas orelhas Quero ele brocha, quero ele rocha Quero ele com seus pentelhos E seu doce sorriso nas sobrancelhas A brisa de espada Quero arrumar sua mala E cuidar dele quando estiver doente A gente sente coisas estranhas Dores, horrores nas entranhas Mãe, pai, aonde estou nessa noite devagar Querelle não, Querelle corre Querelle pode e deve mentir Quero Querelle e seu irmão (Quero Rogéria e seu pauzão) Quero em Brest, todos os santos Quero as fadas e os gigantes Quero escovar seus dentes, passar colônia Contar histórias pra sua insônia Quero curar seu mal de sexo Quero sem nexo, sem camisinha Quero, sim, quero carinho Quero a luz dos obscuros Quero querer, quero mamar, quero preguiça O Rio, Angra, Paranaguá Quero vocês, meus companheiros Meus marinheiros, meus caloteiros Quero vocês, quero com a faca cortar a dor E ser mulher (mulher Rogéria, Astolfo macho)