quarta-feira, 22 de abril de 2009

Simplesmente Passageiro


Hoje, ao revirar o armário encontrei um livro.

É, um simples livro, contendo dentro uma rosa, a mesma rosa que você me deu em nosso último encontro.

Guardo-a até hoje, mantendo viva a lembrança daquela noite chuvosa e fria que saímos para jantar.

Confesso, meu coração dizia que seria a última vez que olhariamos nos olhos, que seu perfume inalaria, e sua boca tocaria.

Infelizmente, eu estava certo.

Como um trem você partiu, deixando-me para trás, parado na estação chamada Paixão.

Todos os dias percorro os trilhos da vida, tentando imaginar por qual das vias você seguiu, esperando recuperar as malas abarrotadas de sentimentos verdadeiros que lhe entreguei.

Espero que um dia você goste de alguém como gostei de ti, e que esse alguém não parta te deixando no silêncio da incerteza, assim como fez comigo.

Chegará o dia do reencontro, o tão esperado reencontro, do qual finalmente desembarcarei dessa estação, libertando-me desse sentimento não correspondido, livre para oferecer a outro alguém tudo aquilo que você não quis.

A felicidade é uma questão de percepção.

Se você não a vê, não é merecedor.


Lu Mounier