segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Vogue


Essa imagem trata-se de uma pequena brincadeira! Será que me daria bem na carreira como modelo?

O deboche da Arte

Há algumas semanas, caminhando pela Avenida Paulista esse artista de rua chamou-me atenção. A forma com que ele apresentava sua arte, a preocupação com o cenário, lembrou-me os artistas de rua da Europa. Mas enquanto eu o assistia, observava o comportamento das pessoas que por ali passavam. Infelizmente, por não entenderem seu trabalho, as pessoas debochavam do rídículo do ator, porque não possuem repertório cultural para saber identificar a arte e diferencia-la.

Casais passavam e riam. Duas crianças também passam no vídeo e param para olhar, e ao invés do pai explicar as duas sobre a arte, apressa as meninas que curiosas caminham rápido. Enfim, são em momentos como esses que vemos o quanto nossa sociedade é deficiente culturalmente, onde as pessoas não são habituadas a apreciar a arte. O engraçado é que são essas mesmas pessoas que reclamam do Brasil, indignadas com um "país" que não oferece tantas oportunidades e espaços culturais.

Pensando pelo lado mercadológico, alguém em sã consciência abriria um espaço pouco procurado pelo público? Pois é, para que mais teatros se as pessoas não vão? Para que museus se as pessoas acham chato? E é pensando assim que continuamos na mesma. Essas pessoas que reclamam de tudo e da falta de... são pessoas que nunca reservaram um final de semana para rodar o Centro de São Paulo e prestar atenção nas construções que existem lá, nos espaços históricos, nos centros de cultura.

A arte tem um papel muito importante em uma sociedade, porque te faz refletir, expor sentimentos. Através da arte as pessoas desenvolvem também senso crítico, tornam-se mais felizes, mais livres.

Não adianta vir com desculpa de que um passeio cultural é caro porque não é verdade. Um cinema custa em média R$ 20,00, o mesmo preço de uma peça de teatro com grandes nomes no elenco. Além disso, existem muitos espaços (Em São Paulo) que podem ser visitados de graça, como os centros de cultura dos bancos, parques, museus.

Ditado árabe: "Quem quer fazer algo encontra um meio, quem não quer, encontra uma desculpa."

Dica de site: www.catracalivre.com.br

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A visitinha!!!

Acompanhando o telejornal, fiquei impressionado com a quantidade de pessoas reunidas e protestando contra a presença dessa autoridade iraniana. Bem, o que me deixa indignado é a mobilização das pessoas para protestar quanto a um problema que não nos afeta diretamente (Com excessão da bomba atômica). Agora, diante de tantos problemas que nosso país enfrenta, raramente eu vejo tal mobilização.
-Não vejo mobilização da população para plantar árvores e diminuir o impacto da poluição;
-Não vejo mobilização da população para recolher o lixo das ruas;
-Não vejo mobilização da população para limpar os rios;
-Não vejo mobilização da população para reformar escolas;
-Não vejo mobilização da população para construir escolas;
-Não vejo mobilização da população para ajudar dependentes químicos;
-Não vejo mobilização da população para fiscalizar os políticos em quem votou;
-Não vejo mobilização da população para ajudar aqueles que habitam as ruas;
-Não vejo mobilização da população para construir casas populares;
-Não vejo mobilização da população para eliminar focos de dengue;
-Não vejo mobilização da população para doar sangue aos que precisam;
Mas vejo uma enorme concentração de pessoas colocando a culpa no governo de tudo. Também vejo faixas, cartazes e outros métodos de expor seu ódio por autoridades internacionais como Bush, enquanto aqui, pessoas dormem sobre as calçadas frias de grandes cidades, comem mato, bebem água imprópria para consumo. O que ouço dizer é: "Queremos direitos humanos". Mas afinal, o que é ser humano? Seria o mesmo que se sentir humano? O que é direito humano? Existem tantas coisas que eu gostaria de entender, e depois de pensar e repensar, chego a conclusão de que mudar o mundo depende das atitudes de cada um.

Quer saber um dos motivos pelo qual o Brasil ainda não se tornou um país de primeiro mundo?

Encontre você mesmo a resposta.

Lu Mounier

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O ENADE



Domingo (08/11) foi dia do ENADE (E do meu aniversário também). Uma semana antes recebi uma carta com um questionário socieoeconômico e o local, hora e sala onde eu faria a prova. No mesmo dia respondi ao questionário e já pesquisei onde eu faria a prova. No dia da prova sai de casa 2 horas antes, porque mesmo já sabendo o local onde faria a prova, não sabia quanto tempo levaria e chegar atrasado nem pensar. No metrô eu reparava um monte de gente respondendo o questionário socieconômico naquele momento, e muitos nem sabiam onde ficava a escola onde fariam a prova (Em um mundo como o de hoje que a internet está em todo lugar, por incrível que pareça, isso ainda acontece). Desci na estação próxima a escola onde faria a prova e segui pelo caminho que eu previamente havia consultado através do mata feito pela internet uma semana antes. Assim que encontrei a escola tive que passar por uma multidão que se aglomerou na porta, mas ninguém entrava. Entrei na sala 15 onde eu faria a prova e recebi as orientações. Fui o terceiro a chegar. Meia hora depois começou a entrega dos cadernos. Menos de duas horas depois do início da prova os fiscais alertaram para que todos prestassem atenção para não responderem questões referentes a outros cursos, conforme estava escrito na primeira página do caderno. Revoltada, uma moça (Vou usar essa palavra, porque a que ela merece não cabe aqui) questionou bem alto: -"Nossa! Mas por que vocês não avisam antes? Que saco!". Irritado, respondi bem alto: -"Está escrito na primeira página do caderno. Você não lê antes de responder?" Com vergonha do seu comentário infeliz ela permaneceu calada, enquanto todos riam sem acreditar que uma pergunta daquela foi cogitada. Como se não bastasse, algumas garotas que chegaram atrasadas começaram a gritar no portão querendo entrar, achando um absurdo não poder entrar por conta de um atraso que as mesmas não assumiram a culpa. Dentro da sala era possível ouvir tudo, atrapalhando aqueles que estavam fazendo prova. Em situações como essa é possível entender porque a qualidade de vida no país é ruim, a violência desacerbada a todo mundo, um exemplo claro da falta de respeito. Todas estavam preocupadas com seus problemas, e os outros que chegaram no horário, acordaram mais cedo e precisavam de silêncio para pensar, que se danem. Da mesma forma acontece no trânsito, onde todo mundo quer chegar primeiro em casa, fechando o outro no cruzamento, parando sobre a faixa, atropelando o outro que atravessa correndo, enfim. Conforme as pessoas foram terminando as provas, aglomeraram-se na rua e começaram a gritar pelos amigos que ainda estavam em sala, ou seja, a mesma situação. Se os jovens de hoje se comportam dessa maneira, imagine daqui alguns anos como o país não estará? Ou você acha que em Brasília permanecerão eternamente aqueles que lá estão? Pois é... O respeito pelo outro está se perdendo cada vez mais, onde as famílias ensinam seus filhos a serem egoístas e levarem vantagem em tudo.


Quer saber por que o Brasil ainda não é um país considerado de primeiro mundo? Reflita um pouco e logo encontrará um dos motivos.


Lu Mounier

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ensino "Superior"

Em todos os noticiários comenta-se sobre o caso da Uniban e o "vestido curto". Mas o que dizer de toda essa situação? Afinal, de quem é a culpa? Sempre do outro, não é verdade? Quando eu digo a vocês que esse é o principal problema desse país, eis que aparecem exemplos claros disso.
A garota entrou na faculdade com um vestido curto, os alunos começaram agredi-la verbalmente e quase fisicamente, a faculdade a expulsa e suspende 10 pessoas que a agrediram. Parece brincadeira, não é? Começando pela postura dos alunos, que pelo nosso entendimento deveriam ser pessoas mais esclarecidas por cursarem ensino superior, pois é, deveriam, mas os exemplos mostram que não foram. Minha vida acadêmica me fez crecer muito, ensinou-me muita coisa, inclusive a respeitar o espaço do outro e entender que ninguém é pobre, viado, puta, preto, por que quer. A atitude desses alunos retrata claramente a sociedade brasileira atual, que não aceita a diferença do outro, não respeita seu espaço e muito menos assume sua hipocresia (Obvio que não são todos, não vamos generalizar, mas existe uma grande parcela da população assim). A postura da Uniban surpreendeu a todos, primeiro porque divulgou uma nota explicando sua política de moralidade, e depois expulsou a garota que foi a vítima da história. Agora fiquei na dúvida, porque se ela alega que a aluna tinha um comportamento fora dos padrões da instituição, por que não tomou providencias antes? E os seguranças não barraram sua entrada por quê? Para completar, a faculdade voltou atrás na decisão de expulsar a garota, assumindo mais uma vez sua culpa (E cá entre nós, eu vi cada uma entrando na faculdade com roupas muito piores). Engraçado... Uma instituição que divulga na tv sua conduta ética e moral, expulsa da faculdade a vítima e suspende os agressores. Até agora estou tentando encontrar a ética e a moral em toda essa confusão. Ficou claro a inversão dos valores da nossa sociedade? Entende o porque da desigualdade social, impunidade, corrupção, violência? Mudar o mundo depende de você. Repense suas atitudes, reveja o ser humano que você realmente é, respeite a individualidade do outro.

"Aquele que nunca cometeu um pecado, que atire a primeira pedra." - Jesus Cristo