quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Agenda




Essa música é linda. A letra dela traz uma reflexão que se desdobra em várias consequências e opiniões.

Colocar-se na situação dos dois, a lutar por um amor que envolve uma terceira pessoa, até que ponto você se prenderia? Como seria beijar alguém pensando em outro?

Vamos refletir sobre ela? Comece ouvindo com os olhos fechados.

Ornela de Santis e Belo

[Ornela]Sei que pra você eu sou apenas mais um número De uma agenda qualquer Com o nome trocado para ninguém saber quem é E quando me atende falando de um assunto Que não tem nada a ver Já sei que está dizendo que sua namorada Tá perto de você

Ninguém vai entender porque te aceito assim Mas ficar sem você é bem pior pra mim Conselhos de amor Cansei de escutar Quem não se apaixonou Não pode me julgar Dizer que eu estou errada

Deixa eu errar Para esse amor quero me entregar Quem sabe o meu dia vai chegar Porque a vida sem você não faz sentido Deixa eu tentar É perigoso mas vou arriscar Com toda a minha força vou lutar Pra você ficar só comigo

[Belo]Sei que você pensa que é apenas mais um número Numa agenda qualquer Com o nome trocado para ninguém saber quem é E quando eu te atendo falando de um assunto Que não tem nada a ver É que minha namorada está sempre do meu lado Mas eu quero você

Ninguém vai entender porque te aceito assim Mas ficar sem você é bem pior para mim Conselhos de amor Cansei de escutar Quem não se apaixonou Não pode me julgar Dizer que estou errado

Deixa eu errar Para este amor quero me entregar Quem sabe o meu dia vai chegar Porque a vida sem você não faz sentido Deixa eu tentar É perigoso mas vou arriscar Com toda a minha força vou lutar Para poder ficar só contigo

[Ornela]Deixa eu errar Para este amor quero me entregar Quem sabe o meu dia vai chegar Porque a vida sem você não faz sentido

[Belo]Deixa eu tentar É perigoso mas vou arriscar Com toda a minha força vou lutar Olha, eu vou ficar só contigo

Contigo...

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Vogue


Essa imagem trata-se de uma pequena brincadeira! Será que me daria bem na carreira como modelo?

O deboche da Arte

Há algumas semanas, caminhando pela Avenida Paulista esse artista de rua chamou-me atenção. A forma com que ele apresentava sua arte, a preocupação com o cenário, lembrou-me os artistas de rua da Europa. Mas enquanto eu o assistia, observava o comportamento das pessoas que por ali passavam. Infelizmente, por não entenderem seu trabalho, as pessoas debochavam do rídículo do ator, porque não possuem repertório cultural para saber identificar a arte e diferencia-la.

Casais passavam e riam. Duas crianças também passam no vídeo e param para olhar, e ao invés do pai explicar as duas sobre a arte, apressa as meninas que curiosas caminham rápido. Enfim, são em momentos como esses que vemos o quanto nossa sociedade é deficiente culturalmente, onde as pessoas não são habituadas a apreciar a arte. O engraçado é que são essas mesmas pessoas que reclamam do Brasil, indignadas com um "país" que não oferece tantas oportunidades e espaços culturais.

Pensando pelo lado mercadológico, alguém em sã consciência abriria um espaço pouco procurado pelo público? Pois é, para que mais teatros se as pessoas não vão? Para que museus se as pessoas acham chato? E é pensando assim que continuamos na mesma. Essas pessoas que reclamam de tudo e da falta de... são pessoas que nunca reservaram um final de semana para rodar o Centro de São Paulo e prestar atenção nas construções que existem lá, nos espaços históricos, nos centros de cultura.

A arte tem um papel muito importante em uma sociedade, porque te faz refletir, expor sentimentos. Através da arte as pessoas desenvolvem também senso crítico, tornam-se mais felizes, mais livres.

Não adianta vir com desculpa de que um passeio cultural é caro porque não é verdade. Um cinema custa em média R$ 20,00, o mesmo preço de uma peça de teatro com grandes nomes no elenco. Além disso, existem muitos espaços (Em São Paulo) que podem ser visitados de graça, como os centros de cultura dos bancos, parques, museus.

Ditado árabe: "Quem quer fazer algo encontra um meio, quem não quer, encontra uma desculpa."

Dica de site: www.catracalivre.com.br

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A visitinha!!!

Acompanhando o telejornal, fiquei impressionado com a quantidade de pessoas reunidas e protestando contra a presença dessa autoridade iraniana. Bem, o que me deixa indignado é a mobilização das pessoas para protestar quanto a um problema que não nos afeta diretamente (Com excessão da bomba atômica). Agora, diante de tantos problemas que nosso país enfrenta, raramente eu vejo tal mobilização.
-Não vejo mobilização da população para plantar árvores e diminuir o impacto da poluição;
-Não vejo mobilização da população para recolher o lixo das ruas;
-Não vejo mobilização da população para limpar os rios;
-Não vejo mobilização da população para reformar escolas;
-Não vejo mobilização da população para construir escolas;
-Não vejo mobilização da população para ajudar dependentes químicos;
-Não vejo mobilização da população para fiscalizar os políticos em quem votou;
-Não vejo mobilização da população para ajudar aqueles que habitam as ruas;
-Não vejo mobilização da população para construir casas populares;
-Não vejo mobilização da população para eliminar focos de dengue;
-Não vejo mobilização da população para doar sangue aos que precisam;
Mas vejo uma enorme concentração de pessoas colocando a culpa no governo de tudo. Também vejo faixas, cartazes e outros métodos de expor seu ódio por autoridades internacionais como Bush, enquanto aqui, pessoas dormem sobre as calçadas frias de grandes cidades, comem mato, bebem água imprópria para consumo. O que ouço dizer é: "Queremos direitos humanos". Mas afinal, o que é ser humano? Seria o mesmo que se sentir humano? O que é direito humano? Existem tantas coisas que eu gostaria de entender, e depois de pensar e repensar, chego a conclusão de que mudar o mundo depende das atitudes de cada um.

Quer saber um dos motivos pelo qual o Brasil ainda não se tornou um país de primeiro mundo?

Encontre você mesmo a resposta.

Lu Mounier

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O ENADE



Domingo (08/11) foi dia do ENADE (E do meu aniversário também). Uma semana antes recebi uma carta com um questionário socieoeconômico e o local, hora e sala onde eu faria a prova. No mesmo dia respondi ao questionário e já pesquisei onde eu faria a prova. No dia da prova sai de casa 2 horas antes, porque mesmo já sabendo o local onde faria a prova, não sabia quanto tempo levaria e chegar atrasado nem pensar. No metrô eu reparava um monte de gente respondendo o questionário socieconômico naquele momento, e muitos nem sabiam onde ficava a escola onde fariam a prova (Em um mundo como o de hoje que a internet está em todo lugar, por incrível que pareça, isso ainda acontece). Desci na estação próxima a escola onde faria a prova e segui pelo caminho que eu previamente havia consultado através do mata feito pela internet uma semana antes. Assim que encontrei a escola tive que passar por uma multidão que se aglomerou na porta, mas ninguém entrava. Entrei na sala 15 onde eu faria a prova e recebi as orientações. Fui o terceiro a chegar. Meia hora depois começou a entrega dos cadernos. Menos de duas horas depois do início da prova os fiscais alertaram para que todos prestassem atenção para não responderem questões referentes a outros cursos, conforme estava escrito na primeira página do caderno. Revoltada, uma moça (Vou usar essa palavra, porque a que ela merece não cabe aqui) questionou bem alto: -"Nossa! Mas por que vocês não avisam antes? Que saco!". Irritado, respondi bem alto: -"Está escrito na primeira página do caderno. Você não lê antes de responder?" Com vergonha do seu comentário infeliz ela permaneceu calada, enquanto todos riam sem acreditar que uma pergunta daquela foi cogitada. Como se não bastasse, algumas garotas que chegaram atrasadas começaram a gritar no portão querendo entrar, achando um absurdo não poder entrar por conta de um atraso que as mesmas não assumiram a culpa. Dentro da sala era possível ouvir tudo, atrapalhando aqueles que estavam fazendo prova. Em situações como essa é possível entender porque a qualidade de vida no país é ruim, a violência desacerbada a todo mundo, um exemplo claro da falta de respeito. Todas estavam preocupadas com seus problemas, e os outros que chegaram no horário, acordaram mais cedo e precisavam de silêncio para pensar, que se danem. Da mesma forma acontece no trânsito, onde todo mundo quer chegar primeiro em casa, fechando o outro no cruzamento, parando sobre a faixa, atropelando o outro que atravessa correndo, enfim. Conforme as pessoas foram terminando as provas, aglomeraram-se na rua e começaram a gritar pelos amigos que ainda estavam em sala, ou seja, a mesma situação. Se os jovens de hoje se comportam dessa maneira, imagine daqui alguns anos como o país não estará? Ou você acha que em Brasília permanecerão eternamente aqueles que lá estão? Pois é... O respeito pelo outro está se perdendo cada vez mais, onde as famílias ensinam seus filhos a serem egoístas e levarem vantagem em tudo.


Quer saber por que o Brasil ainda não é um país considerado de primeiro mundo? Reflita um pouco e logo encontrará um dos motivos.


Lu Mounier

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ensino "Superior"

Em todos os noticiários comenta-se sobre o caso da Uniban e o "vestido curto". Mas o que dizer de toda essa situação? Afinal, de quem é a culpa? Sempre do outro, não é verdade? Quando eu digo a vocês que esse é o principal problema desse país, eis que aparecem exemplos claros disso.
A garota entrou na faculdade com um vestido curto, os alunos começaram agredi-la verbalmente e quase fisicamente, a faculdade a expulsa e suspende 10 pessoas que a agrediram. Parece brincadeira, não é? Começando pela postura dos alunos, que pelo nosso entendimento deveriam ser pessoas mais esclarecidas por cursarem ensino superior, pois é, deveriam, mas os exemplos mostram que não foram. Minha vida acadêmica me fez crecer muito, ensinou-me muita coisa, inclusive a respeitar o espaço do outro e entender que ninguém é pobre, viado, puta, preto, por que quer. A atitude desses alunos retrata claramente a sociedade brasileira atual, que não aceita a diferença do outro, não respeita seu espaço e muito menos assume sua hipocresia (Obvio que não são todos, não vamos generalizar, mas existe uma grande parcela da população assim). A postura da Uniban surpreendeu a todos, primeiro porque divulgou uma nota explicando sua política de moralidade, e depois expulsou a garota que foi a vítima da história. Agora fiquei na dúvida, porque se ela alega que a aluna tinha um comportamento fora dos padrões da instituição, por que não tomou providencias antes? E os seguranças não barraram sua entrada por quê? Para completar, a faculdade voltou atrás na decisão de expulsar a garota, assumindo mais uma vez sua culpa (E cá entre nós, eu vi cada uma entrando na faculdade com roupas muito piores). Engraçado... Uma instituição que divulga na tv sua conduta ética e moral, expulsa da faculdade a vítima e suspende os agressores. Até agora estou tentando encontrar a ética e a moral em toda essa confusão. Ficou claro a inversão dos valores da nossa sociedade? Entende o porque da desigualdade social, impunidade, corrupção, violência? Mudar o mundo depende de você. Repense suas atitudes, reveja o ser humano que você realmente é, respeite a individualidade do outro.

"Aquele que nunca cometeu um pecado, que atire a primeira pedra." - Jesus Cristo

sábado, 31 de outubro de 2009

Na Oi eu NÃO posso



Meu histórico familiar (para não dizer "campo de guerra") é algo que não desejo a ninguém, e afirmo que aqueles que não possuem família deveriam encarar como um presente da vida, pois ter uma como a minha é melhor não ter. Mas vamos aos fatos. Precisando de uma nova conexão de internet devido a desavenças e incompreensões de um irmão alienado e egoísta que possuo, minha mãe ficou insistindo para que eu procurasse outra operadora de internet que ela queria me dar de presente, assim não haveria mais motivos para brigas para ver quem farias os trabalhos da faculdade ou acessava o Orkut. Diante de todas as promessas de facilidades da OI fui até uma loja deles no shopping. Depois de apresentar as documentações que eles pediam, faltou o comprovante de residência válido. Apresentei meu boleto da faculdade onde havia meu endereço, mas eles exigiram um que viesse pelo correio. Pois bem, tive que voltar pra casa e pegar uma outra correspondência. Peguei minha fatura do cartão de crédito e voltei a loja. Apresentei novamente a documentação e para minha surpresa também não era válido, porque só haviam meus dois primeiros nomes. Mostrei para a garota que era um processo do banco, mostrei o cartão de crédito que estava igual, os endereços nos documentos comprovando, e ainda assim não aceitaram. Onde está a FACILIDADE prometida nisso? O processo é tão burocrático que só funciona na teoria. Como publicitário, me sinto envergonhado por haver uma propaganda mentirosa como a que a empresa veicula, mesmo eu comprovando que eu era eu, não pude adquirir o serviço que pagaria a vista. Estou pensando se farei uma reclamação judicial contra a empresa, mas as chances são de 99% pra SIM. Quer saber por que o Brasil continua classificado como terceiro mundo? Reflita você mesmo...

domingo, 25 de outubro de 2009

O sequestro de Lu Mounier



Há algumas semanas, em um final de tarde de sábado, fui comer pastel com uma colega de faculdade. A distância não era muita, pois a pastelaria ficava apenas duas quadras de casa. Algum tempo depois, meu celular começa a tocar. Atendi. Perguntavam-me o que havia acontecido, e eu sem entender nada. Ouvia minha mãe de fundo fazendo o maior escândalo. Cheguei em casa e recebi a notícia de que haviam ligado em casa dizendo que eu fui sequestrado e queriam de resgate "trinta mil dólar". Fiquei surpreso com minhamãe, porque a própria assiste sempre a esses programas de tv que falam o tempo inteiro dos truques e violência no país, e ainda assim caiu no golpe, quase dizendo onde morávamos, enfim. Isso me fez para pra pensar. Afinal, até que ponto as pessoas estão absorvendo informação? A alienação é muito maior do que pensamos. As pessoas assistem tv sem assimilar aquilo que está sendo dito, sem compreender, refletir. É algo grave, porque demonstra a vulnerabilidade de um povo.




quinta-feira, 15 de outubro de 2009

E lá vamos nós!!!!



Embora eu não concorde que o Brasil seja um país de tolos, resolvi colocar a imagem para ilustrar de forma cômica um problema que é preocupante: Educação. Essa semana avistei uma frase de um conhecido que dizia: "Quando naci Deus disse desse e arrasa." Obvio que errar é humano, porém, a tolerância de erros ultrapassam os limites das fronteiras do saber. Para uma pessoa que chegou ao nível universitário como esse rapaz que escreveu a frase, é "inadimicível" que se escreva "desse" do verbo descer e "naci" do verbo nascer. Que academia aprova um canditado em uma redação que mal sabe escrever? Se fossem palavras distantes do nosso cotidiano, seria perdoável, porém, não aceitável. Mas trata-se do básico, utilizamos em nossa rotina, um erro grave e preocupante. Essa pessoa não mora em uma pequena cidade, muito menos está às margens da sociedade, e isso é uma realidade triste e crescente no país.
Quando trabalhei no Atendimento Online de uma empresa de banda larga em São Paulo, ficava pasmo com os erros de português, a falta de atenção e a incompreensão do texto das pessoas. Elas não conseguiam entender aquilo que eu escrevia. Isso era um problema meu? Não, e sim de quem acompanhou seu processo de educação. Mas cada um tem a opção de mudar isso correndo atrás e tentando reparar essa deficiência. E quem gosta de ler nesse país? Por incrível que pareça, o percentual de pessoas que gostam de ler no Brasil é o mesmo que a quantidade de ricos. Coincidência?
O que vocês verão agora é real, acompanhe os problemas gritantes que ameaçam o país:


jonathan : eu falei com a sentral domingo e eles falara, q ia nomaliza isso e até agora nada

michael : ola ... estou sem conecao no internet deste de manha ...

marcio: municipio de bauru eu axo
marcio: a cidade é avaré

ulisses: obrigada

Neves: oi...gostaria de saber a velocidade da minha coneção

JOEL: DESEJO ENVIAR FAXES USANDO A BANDA LARGA,COMO FAZER?

celso: boa tarde gostaria de saber quanto ja pasou o ecedente

ivele: oi quero saber qual o valor da tarifa mais inconta

naira : mas como é combrado isso?

Adriana : no depito ao tomatico

Francisco: então´ligo por telefone?

diego: okay muito obrigado mesmo assim.... mas pelo geito vou ter de cancelar mesmo

thiago: entao vou estar vendo uma otra operadora de serviso e estar canselando este serviso pois nao tenho nem um beneficio

diana : não tem nada a ver com minha conecção..

Fernando: estou em Espinosa norte de Minas,gostaria de saber sobre internet rural

sergio : quais são os prossimos passos?
sergio : e demora muito esse prosseço ?
sergio : o que mais pressiso fazer?

Silvia: estao me lendo??

José Francisco: obrigada

mayra: qual e o valor da internet discada, qto é o minuto? tem alguma promossao aos finais de semana?

Patricia: onde compro e qto custa o modem para estalação

Antonio: ta ok obrigada pela atenção e tenha uma boa tarde

Marco: AGRADESÇO PELA SUA IGUINORANÇIA E TENHA UMA BO ATRDE

mauro: olha estou farta disso tudo.

filippo: o negocio e o seguinte....a minha mae tinha um modem alugadu e ai ela decidio comprar um e eu naum estou conseguindu estala

Adriano: Olá eu estou com uma senha provisoria, como fasso para obter uma definitiva?













Imagem extraída do link: http://viagemaleatoria.files.wordpress.com/2009/05/brasil20pais20de20tolos.jpg

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

ENEM 2009




Nesses últimos dias a notícia sobre o cancelamento do ENEM abalou o país, principalmente aqueles que fariam a prova. Claro que qualquer mudança inesperada e de última hora acaba trazendo transtornos, porém, depois de ver alguns comentários pela TV resolvi comentar também. Enquanto jantava, assistia ao telejornal onde uma candidata ao exame reclama o seguinte: "É um absurdo esse tipo de coisa acontecer, porque nós, estudantes, seremos prejudicados por causa desse cancelamento de última hora."
Percebi que sua preocupação em sí era por conta do cancelamento do exame, e irrelevante os motivos pelo qual o mesmo foi cancelado. O problema nesse país é que possuímos o hábito de ver tudo pelo lado negativo. A prova foi cancelada porque roubaram a prova, óbviamente o mais correto é interromper. Ainda bem que foi cancelado antes da realização da prova, pois se tivesse feito depois, certamente causaria um transtorno muito maior. O que vejo é que todo mundo só reclama e coloca a culpa no governo, porém, não foi o governo quem roubou a prova, tentou vende-la e divulgou. Não estou aqui para defender ninguém, apenas elencar os fatos, mas convenhamos que o regime de segurança era forte, e quem roubou a prova era um dos responsáveis por fazê-lo, e não alguém de fora. Esses "aborrescentes" que estão reclamando e se descabelando deveriam agradecer por ter a possibilidade de consultar a verdadeira prova, do primeiro ano de mudança, para poder estudar. Mas como nesse país os valores são distorcidos, juntam-se todos os candidatos para reclamar.
Lu Mounier

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

De quem é o "poblema"?


Guerra de tomate - Espanha (Aproximadamente 43 mil participantes)



Guerra de tortas - New York (Aproximadamente 250 participantes)

Atualmente, mais de 800 milhões de pessoas passam fome no mundo, enquanto em alguns países a diversão é jogar comida no outro. "Eu não tenho culpa da pobreza no mundo". De fato, a CULPA pode não ser sua, mas a REPONSABILIDADE de mudar isso também é sua. Os produtos que você consome, as escolhas que você faz ao dar seu voto, tudo tem uma origem e um destino. Você sabia que aquela marca de tênis super famosa utiliza a mão de obra escrava chinesa para que você desfile pela rua achando que está abalando?
Provavelmente você não sabe nem de onde vem a carne do Hamburguer daquela lanchonete horrorosa, que diz ser bovina mas na verdade não é. Grande parte dos problemas sociais poderiam ser resolvidos se não fosse pelo egoísmo das pessoas em pensarem somente nelas. Contudo, a questão é um ciclo vicioso, da qual acaba atingindo direta ou indiretamente. Agora, antes de você criticar o governo pelo desemprego no país, tente imaginar de onde e como foram feitos seus tênis "genéricos", sua coleção de DVDs piratas, e todas aquelas mercadorias que você compra achando que está no lucro.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

"As noites ficam claras no raiar do dia"





Já apanhei pela inocência aos 3 anos de idade, quando deveria ter sido orientado ao invés de espancado. Pode não ser nada, mas é muito para uma criança levar um tapa e ser chingada em público por não conseguir carregar 2 garrafas de 2 litros de refrigerante aos 5 anos de idade. Parece exagero morar em uma família que não faz suas refeições juntos, não se dialogam e muito menos celebram Natal. Você já ficou na fila do caixa de um supermercado com um carrinho de compras sozinho aos 6 anos de idade enquanto seu pai foi tomar um longo café? Se você não passou por isso, não sabe o que estou sentindo. O desespero por não saber o que fazer, enquanto todos te olham demonstrando pena de ti.

A escola são outros quinhentos. Ter um filho como um dos melhores da sala às vezes não é suficiente para alguns pais, porque eles acham que é sua obrigação estudar sem seu apoio, ter que respirar seu cigarro sem reclamar, mesmo levando consigo problemas respiratórios desde o nascimento.

Para alguns pais filho bom é o filho do vizinho, o sobrinho, mesmo eles sendo a vergonha da família, consumidores assumidos de intorpecentes e autores de furtos. Que justo seria o mundo se cada pai e mãe tivesse um filho a sua altura.

Levar o nome de vagabundo quando apenas se estuda é menos dolorido do que quando te chamam de ladrão sem você merecer, vindo de um pai então, ai que o coração não aguenta. Mas para toda boa família não pode faltar a política do justo para todos. Então tira-se da internet um dos filhos que está fazendo trabalhos para levar na faculdade no dia seguinte, para o outro vasculhar a vida dos amigos e jogar conversa fora no Orkut. Dos males o menor, porque houve vezes que ao faltar dinheiro para interar a mensalidade da faculdade foi-se negado ajuda, mas foi no mesmo dia que aquele mesmo pai destruidor do sonho de um filho deu ao outro um tênis no valor duas vezes maior que a necessidade do outro.

Confesso que se em alguma vitrine houvesse uma plaquinha escrito: "Vende-se um pai" eu compraria. É triste acordar todos os dias desejando que te digam que você é adotado, e poder sair pulando aliviado por não ter vindo de alguém que não sabe diferenciar amor e ódio, mas a notícia não é a esperada: "Você vem dessa família". Você chora, tenta, mas não entende. Por que me tira quando deveria me dar? Por que me humilha quando deveria me apoiar? Por que me mata quando deveria me salvar? Até hoje prefiro pensar que viemos da Cegonha, e que por um descuido ela deixou-me na casa errada.

Prefiro pensar que isso é necessário para me fazer crescer, mostrando que posso fazer diferente, que pessoas especiais existem, e nem todo mundo vive contente e necessitado da desgraça do outro.

Quando me perguntam meu maior sonho, fico imaginando minha família unida, reunida a mesa, assim como acontece na casa dos amigos, e quando abro os olhos a vejo jogada no sofá. Já sonhei andando lado a lado com meu pai, jogando video game, pegando um cinema. Já quis perguntar o que estava acontecendo com meu corpo aos 12 anos de idade, desejei ouvir um elogio. Silêncio, o verdadeiro significado do que é "morrer".

Tenho a certeza de que nada na vida acontece por acaso, e um dia esse jogo vai mudar, e quando eu estiver no comando, não haverá derrotados, mas sim vencedores daquilo que cultivou.



Lu Mounier


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Brasileiros unidos?... Onde?







Engraçado como são as coisas nesse país. Até agora eu havia me decidido manter silêncio sobre o acontecido, mas depois da proposta "pornográfica" que recebi hoje, resolvi desabafar. Devido aos pedidos dos leitores, resolvi publicar a obra UM ESTRANHO DENTRO DE MIM independente. Solicitei os serviços de uma grande prestadora de serviço impresso em São Paulo, e comprei uma pequena tiragem de 20 livros para dar alguns aos amigos e comercializar outros para aqueles que queriam.

Fiz o depósito de 50% do absurdo valor imediatamente, e 3 dias depois foi até a empresa ver um exemplar modelo de como ficaria em série. Pedi alguns ajustes de páginas, capa, e corte. Dois dias depois um segundo exemplar já estava pronto, então voltei lá e refiz a revisão. Para não voltar uma terceira vez, resolvi aprovar a impressão em série mediante a alteração que eu havia solicitado nos 2 relatórios. Pois bem, o prazo de 2 dias úteis para entrega se estendeu a 5, nunca ficava pronto.

Recebi os 20 exemplares em casa, e ao abrir um para sentir a sensação de ter sua primeira edição impressa fiquei surpreso, pois minhas solicitações não haviam sido seguidas. Liguei para a vendedora e reclamei. Vieram buscar. Cinco dias úteis depois me trouxeram outra série, refeito sem os erros anteriores. Quando observei os livros estavam todos tortos, menor que a medida solicitada, sobrando capa de um lado e faltando no outro. Fiquei muito chateado. Falei com eles novamente e levei os livros, que de 20 apenas 6 haviam ficado perfeitos como eu pedi. Em reunião com a gerência, expliquei como eu os queria, e mostrei os problemas e defeitos nas obras que haviam me entregue. Pediram-me inúmeras desculpas e sai de lá satisfeito, na certeza de que o problema certamente se resolveria. Sete dias depois recebi os livros em casa. Comecei a revisar um por um, e como já era de se esperar, problemas na confecção do hotmelt, além de 0,5 cm a menos.

Reclamei novamente e pedi para que o material fosse retirado, pois me senti passado para trás. Para minha surpresa, recebi o comunicado de que os trabalhos são feitos quase que de forma artesanal, e sendo assim não tinham como ficar perfeitos como eu queria, não estavam a minha altura e por isso eu deveria passar os dados da minha conta para que parte do dinheiro fosse devoldido. Ótimo!

Hoje, recebi uma proposta estúpida, de que se eu quisesse eles venderiam pra mim os livros a preço de custo, e caso eu nao quisesse eles seriam destruídos. Defeituosos, não tenho o que fazer com eles, e sugeri que doassem a bibliotecas, escolas e instituições que os reaproveitassem. A resposta que recebi foi que por haver custos, os livros iriam para o lixo se eu não quisesse.

Esse acontecimento me fez refletir sobre a situação em que vivemos nesse país. Essa desigualdade social, pessoas passando fome, desemprego, tudo por causa da ganância e egoísmo das pessoas. Escolas públicas sem carteiras para as crianças estudarem e ninguém se move para trabalhar em prol disso, mas fazem multirão para fazer cadeiras ao Papa e seus seguidos em visita ao Brasil. Qual a finalidade de ajuda? Com o que "Deus" ficaria mais feliz em ser ajudado?

Olha como as coisas são, você não doa porque lhe teve um custo, mas se jogar no lixo esse custo lhe será ressarcido? E as árvores que foram sacrificadas para se fazer o papel utilizado, o tempo gasto, a energia elétrica... E por incrível que pareça, ainda assim querem construir um mundo melhor. Dessa forma?
Lu Mounier

domingo, 16 de agosto de 2009

Crítica e Criticar


Outro dia recebi uma mensagem de uma pessoa que diz ter lido um de meus livros e ter odiado. Essa pessoa solicitou uma resposta por e-mail, e eu respondi. Como já era de se esperar o garoto não gostou e disse aquilo que ele sabe que é, mas prefere projetar seus defeitos em mim.
O engraçado é que algumas pessoas chegam até você falando mal do seu trabalho e acham que você é obrigado a aceitar com um sorriso nos lábios os desaforos que elas confundem com CRÍTICA. Fazer uma Crítica é elencar pontos daquile assunto que você trata, que servem pra você em algum momento de sua vida, ou seja, não é colocar uma opinião se é bom ou ruim, porque isso se chama CRITICAR. Criticar é falar mal, observações sem fundamento. A gente nao deve ler uma obra e depois refletir sobre o que achamos que o personagem deveria ser, o final que deveria ter etc. Uma obra tem seu começo, meio e fim, e quando apreciamos a literatura não se pode querer mudar aquilo que foi escrito por um autor porque a proposta da história é aquela. Cabe a quem leu entender o desfecho, refletir sobre as atitudes do personagem, as consequencias, quais os benefícios que o exemplo da história pode trazer a quem lê, isso é fazer uma CRÍTICA.
Esclarecendo a imagem, é apenas uma brincadeira, ok? Bom domingo pra vocês!
Lu Mounier

sábado, 15 de agosto de 2009

Doe sangue!




Hoje na tv assisti a uma reportagem falando sobre a escassez nos bancos de sangue de São Paulo. Segundo uma das responsáveis pelo hemocentro, havendo 100 doações diárias o problema de falta de sangue estaria resolvido. Se levarmos em consideração que São Paulo possui mais de 11 milhões de habitantes, 100 pessoas por dia é praticamente nada se comparado. Ligando o assunto, até pensei em planejar uma campanha para o público que lê meus livros, porém, infelizmente ainda existe o preconceito. Atualmente, homossexuais não podem ser doadores, mesmo não sendo mais considerado um grupo de risco devido ao HIV. Consideramos então a hipocresia de alguns brasileiros. Enquanto pessoas morrem por falta de sangue, outros são impedidos de doar.


Lu Mounier

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Novo livro a caminho...

Homens virando gays...

As mulheres estão reclamando que está difícil de encontrar homens heterossexuais no mercado. Convenhamos, essas botas que estão usando ultimamente são um horror, brega, cafona. Nós estamos no Brasil, não tem clima tão frio ao ponto de se usar uma bota parecida com as que se usa no Alasca, Europa, ainda mais por dentro da calça jeans (Misericórdia). Socorroooooooooooooo... Essa nova moda é brochante, homens reclamam, mulheres fiquem alerta, porque é pra eles que vocês deveriam se vestir.



Foto extraída do link: http://sobresaltos.files.wordpress.com/2008/04/bota-errada.jpg

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Trecho - Prévia do Livro: Novembro


Dizem que se leva um minuto para conhecer uma pessoa especial, uma hora para amá-la e uma vida inteira para esquece-la. Por mais que o tempo passe, existem coisas que jamais apagaremos da memória, cicatrizes deixadas pela vida que nos acompanharão pra sempre.


Filho de pais alemães, nasci e cresci em São Paulo, onde morei por treze anos até minha família voltar à Europa. Devido a crise que o continente enfrentou pós guerra, a empresa em que meu pai trabalhava encerrou suas operações no Brasil, o transferindo para a matriz em Berlim.


Aceitar a idéia foi difícil, principalmente pelas razões climáticas, os amigos. O que eu não sabia, era que minha vida mudaria para sempre.


Em meu quarto eu lia um livro que trouxera do Brasil, somente com a luminária ao lado direito da minha cama ligada, além do aquecedor. O frio que fazia naquela noite despertava-me vontade de chorar, mesmo agasalhado.


A primeira noite foi a pior de todas, pois não tínhamos vestimentas apropriadas para aquele clima, nos fazendo quase congelar.


Logo quando o dia amanheceu meu pai foi trabalhar, ficando apenas eu, meu irmão e minha mãe. Desci para tomar café da manhã, tremendo feito uma vara verde.
Colocando o bule sobre à mesa, minha mãe falou:


-Hans, preciso que você vá comigo até a loja de tecidos.
-Fazer o quê, mutter?

-Vou comprar tecido. Não temos muito dinheiro para gastar com alfaiate e precisamos de boas vestimentas para passar o inverno.
-Por que a senhora não leva o Patrick?
-Porque ele ficará estudando.
-Humpft... Tudo bem.


Mesmo que eu não concordasse em ir, ela obrigaria-me de qualquer jeito. Nossa educação sempre foi muito rígida, tendo os pais como soberanos de tudo. Claro que eu não concordava com tais regras, porém, contrariar não adiantaria muito, apenas levaria-me para cama mais cedo, e certamente acompanhado de uns puxões de orelha.


Caminhando apressado, tentava acompanhar os passos de minha mãe em direção à loja de tecidos.


Tomando a frente, minha mãe empurrou a porta, entrando rapidamente, comigo logo em seguida. Quase a deixei bater, pois ventava muito naquele momento.


Aproximando-se do balcao, mamae olhava de um lado pro outro as pilhas de tecidos, ao mesmo tempo em que tirava suas luvas.


Não demorou muito para que uma senhora nos abordasse:


-Bom dia!
-Bom dia. Quero ver alguns tecidos para fazer roupas de inverno.
-Ah sim! Acompanhe-me, por favor.
- Disse aquela senhora caminhando em direção às prateleiras.


A loja tinha alguns adereços estranhos, provavelmente provindos de outra cultura. Conforme minha mãe ia pedindo, o senhor que estava no balcao ia medindo, cortando e embrulhando os tecidos.


Ambiente sombrio, cheirava a couro. A porta de entrada nos permitia visualizar os bondes e pessoas pela rua passar, pois da metade para cima era de vidro.


Depois de muito esperar, eis que ouço meu nome:


-Hans... - Chamou minha mãe.
-Senhora?
-Venha me ajudar com os pacotes.
-Sim.


Quando voltei ao balcao e vi aquela pilha de pacotes amontoados, tive vontade de chorar. Nunca pensei que minha mae fosse comprar tanto, sobrando, claro, para eu carregar.


-Quanta coisa! - Exclamei abismado.


Dando a volta pelo balcao, o senhor de cara feia disse:


-Aguarde um momento que vou lhe ajudar com os pacotes.
-Sim.
- Respondeu minha mae colocando suas luvas.


Caminhando por um longo corredor, gritou o senhor:


-Eliezer!... Eliezer!...

(Curioso para saber como continua? Não perca em breve um novo livro de Lu Mounier)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Entrevista com Lu Mounier

Essa entrevista foi realizada por dois alunos de jornalismo da ECA, Juliana Pascoal e Emerson Ferreira para um trabalho da faculdade. Resolvi publicar para ajudar em seu trabalho.




















































































































quinta-feira, 2 de julho de 2009

Foi Deus quem fez isso?









Por séculos os homossexuais foram perseguidos. Durante a Inquisição Portuguesa (1536-1821), mais de três mil foram denunciados, aproximadamente quinhentos foram presos e mais de vinte queimados na santa fogueira. Perante a igreja, esse era considerado o mais sujo dos pecados, sendo punido com o maior rigor das leis cristãs. A Igreja Evangélica possui uma postura muito firme referente à homossexualidade. Mesmo utilizando-se de argumentos da sociologia, psicologia, ética e ciência, é da Bíblia Sagrada que a base da compreensão teológica é retirada. Apesar de ser desfavorável à prática homossexual, acham que os homossexuais devem ser acolhidos, ouvindo a palavra de Deus, condição essa que pode ser mudada, tratando-se de uma questão de escolha e ocasionada pela falta da palavra.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Manifesto em favor do novo

Alguns temem o novo
Porque ele ameaça o estabelecido, contesta as convenções
Desafia as regras

Alguns evitam o novo
Porque ele traz insegurança, estimula o experimento,
convida a reflexão

Alguns fogem do novo
Porque ele nos retira da confortável posição de autoridades
E nos obriga a reaprender

Alguns zombam do novo
Porque ele é frágil, não foi consagrado pelo uso
Mas estas pessoas esquecem que tudo o que hoje é consagradoum dia já foi novo

Alguns combatem o novo
Porque ele contraria interesses, desafia os paradigmas,
não respeita o ego, despreza o status quo

Mas tudo isso é inútil
Porque a história da humanidade mostra
que o novo sempre vem

Por isso, recicle seus pensamentos, reveja seus pontos de vista
Atualize suas fórmulas, seus métodos, suas armas

Senão você será sempre um grande profissional
Um sujeito muito preparado para lutar numa guerra que já passou

Meio & Mensagem
19 de maio de 2008
Nº 1309

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Nem vergonha, nem orgulho



"Ser homossexual não é motivo de orgulho nem vergonha para ninguém."
Clodovil Hernandes


Imagem estraida do site: www.jornalismo.ufms.br/photo.php?FileID=182

terça-feira, 26 de maio de 2009

Papo entre amigos

Ontem, voltando para casa conversava com um colega de trabalho.
Orgulhoso ele contava-me sobre seu pai, quando bateu a curiosidade que me fez questionar:
-Junior, o que é ter pai?
Ele respondeu:
-Pra mim ele foi um herói.
Quando passei no vestibular, ele chorou de emoção.
No dia em que estava triste, ele me levou pra jogar bola.
Sempre que chegava tarde do trabalho, ele ia me buscar.
Se eu não tivesse dinheiro para comprar meus livros, ele comprava pra mim.
Nunca deixou que eu pagasse minha faculdade sozinho.
Jamais o vi brigar comigo na frente dos outros, nem me bater.
Fazia questão de me mostrar que sempre fui prioridade em sua vida.
Toda semana iamos jantar fora, jogávamos video game e falávamos de futebol.
Sabendo que nunca gostei de cigarro, evitava ao máximo fumar na minha frente.
Festas de final de ano nunca passavam vazias, sempre em família e muitos presentes.
Se me visse chorar, ficava furioso até saber o motivo.
Nunca dormia quando eu saia para as baladas, esperando-me acordado ao voltar no outro dia.
Foi o cara que me ensinou a ser homem, me dando caráter e dignidade.
Com um sorriso sereno na face, perguntou-me:
-E você?
-Eu? Bem... - Sem jeito, puxando pelas recordações, comecei:
Nunca tive um herói.
Quando passei no vestibular, nem parabéns recebi.
No dia em que estava triste, quase fui agredido por passar 7 minutos no banho.
Sempre que chegava tarde do trabalho, tinha que vir caminhando, até mesmo em dias de chuva.
Se eu não tivesse dinheiro para comprar livros, tinha que pedir empréstimos no banco, pois recebi um não ao precisar de sua ajuda.
Nunca me ajudou a pagar a faculdade.
Muitas vezes brigava comigo na frente dos outros, às vezes apanhava sem saber por quê.
Fazia questão de nos mostrar que seu carro tinha mais valor que qualquer membro de sua família.
Sabendo que nunca gostei de cigarro, soltava fumaça bem próximo de mim, fazendo-me passar mal com falta de ar.
Festas de final de ano, passávamos cada um em seu canto, aguentando seu jeito frio, mau humorado e silencioso de torturar alguém, nem mesmo um feliz Natal.
Se me visse chorar, sentia prazer, sensação de satisfação ao nos ver com medo, tristes, chorando.
Nunca deixava de dormir quando eu saia para a balada, aliás, nem se importava se eu estava em casa ou não.
Não me ensinou a ser homem, mas um dia me cobrou.
Com olhos de expanto, ele perguntou:
-Esse é seu pai?
Triste, respondi:
-Ao contrário de você, não sei o que é ter pai.


Lu Mounier

domingo, 17 de maio de 2009

Dinheiro traz felicidade

InfoMoney
07 abril 2008
SÃO PAULO - Dinheiro traz felicidade.

Ao menos é isso o que mostra pesquisa realizada pela Fearp (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP (Universidade de São Paulo), detalhando, ainda, que os brasileiros estão mais preocupados em ter efetivamente uma renda do que ganhar mais do que aqueles com nível social semelhante.As informações foram obtidas na dissertação de mestrado "Economia e felicidade: um estudo empírico dos determinantes da felicidade no Brasil", de Sabrina Vieira Lima. Os dados analisados foram coletados dos levantamentos do instituto norte-americano World Values Survey 1991 e 1997, realizados com 2.931 brasileiros de todas as regiões do País.Influências"Essa relação tende a ter um peso maior para as pessoas que estão próximas da linha de pobreza ou de situações de não atendimento adequado de suas necessidades básicas de sobrevivência", explicou Sabrina em seu estudo.Segundo informações publicadas pela USP Online, a economista selecionou variáveis sócio-econômicas e demográficas para determinar o que mais influenciava a felicidade do brasileiro: renda absoluta (ter renda); renda comparativa, ou seja, ganhar mais ou menos do que as pessoas em condições semelhantes às suas; o desemprego; a probabilidade de a pessoa desempregada conseguir emprego; a probabilidade de a pessoa empregada perder o emprego; escolaridade; gênero; estado civil; idade; religião e região do País em que se vive. Emprego. Além de maior renda, disseram-se mais felizes os homensd que estão empregados e casados.Assim como se preocupa em ter dinheiro, os brasileiros também consideram como determinante da felicidade ter ou não um emprego, sem se importar tanto com a probabilidade de conseguir uma vaga ou ficar desempregado.

Leia mais: Sinal verde: CNI aponta para mercado de trabalho aquecido em 2008

http://dinheiro.br.msn.com/financaspessoais/noticia.aspx?cp-documentid=6714770

QUERO ELE

QUERO ELE

Quero ele, mas quero muito
Ouço no meu gravador murmúrios dele
Procuro ele no mar, por todo o navio
Quero ele, menino triste
Quero ele por trás delePor cima da mesa
Quero Querelle, quero querê-las
Quero tê-las, seus bagos, suas orelhas
Quero ele brocha, quero ele rocha
Quero ele com seus pentelhos
E seu doce sorriso nas sobrancelhas
A brisa de espada
Quero arrumar sua mala
E cuidar dele quando estiver doente
A gente sente coisas estranhas
Dores, horrores nas entranhas
Mãe, pai, aonde estou nessa noite devagar
Querelle não, Querelle corre
Querelle pode e deve mentir
Quero Querelle e seu irmão (Quero Rogéria e seu pauzão)
Quero em Brest, todos os santos
Quero as fadas e os gigantes


Quero escovar seus dentes, passar colônia
Contar histórias pra sua insônia
Quero curar seu mal de sexo
Quero sem nexo, sem camisinha
Quero, sim, quero carinho
Quero a luz dos obscuros
Quero querer, quero mamar, quero preguiça
O Rio, Angra, Paranaguá
Quero vocês, meus companheiros
Meus marinheiros, meus caloteiros
Quero vocês, quero com a faca cortar a dor
E ser mulher (mulher Rogéria, Astolfo macho)

Composição: Cazuza/ Lobão

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Simplesmente Passageiro


Hoje, ao revirar o armário encontrei um livro.

É, um simples livro, contendo dentro uma rosa, a mesma rosa que você me deu em nosso último encontro.

Guardo-a até hoje, mantendo viva a lembrança daquela noite chuvosa e fria que saímos para jantar.

Confesso, meu coração dizia que seria a última vez que olhariamos nos olhos, que seu perfume inalaria, e sua boca tocaria.

Infelizmente, eu estava certo.

Como um trem você partiu, deixando-me para trás, parado na estação chamada Paixão.

Todos os dias percorro os trilhos da vida, tentando imaginar por qual das vias você seguiu, esperando recuperar as malas abarrotadas de sentimentos verdadeiros que lhe entreguei.

Espero que um dia você goste de alguém como gostei de ti, e que esse alguém não parta te deixando no silêncio da incerteza, assim como fez comigo.

Chegará o dia do reencontro, o tão esperado reencontro, do qual finalmente desembarcarei dessa estação, libertando-me desse sentimento não correspondido, livre para oferecer a outro alguém tudo aquilo que você não quis.

A felicidade é uma questão de percepção.

Se você não a vê, não é merecedor.


Lu Mounier

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Fazer o bem sem olhar a quem?


Várias vezes ouvimos esse ditado, que vem sendo dito ha séculos. Às vezes, quando ando pela rua e vejo algo como ilustrado na imagem (Lembrando que na cidade de São Paulo existe a Lei Cidade Limpa, proibindo propagandas externas) fico me perguntando qual a finalidade de expor a todos um milagre "atendido". Parando para pensar, a humanidade é egoísta e exibe isso sem perceber. Vamos ver? Logo ao prometer algo ao santo em troca da graça, ao invés de prometer espalhar cartazes pelas esquinas (Infringindo a lei), por que não promete doar esse dinheiro investido na confecção dos mesmos e doa para o hospital do câncer, dos queimados, das crianças com HIV, ou até mesmo pro asilo do bairro. Será que o santo não ficaria mais feliz, realizado?Difícil é empenhar-se para fazer o bem a alguém. Enquanto estão preocupados com seus problemas, mesmo apelando para ajuda divina, continuam egoistas pensando que são as únicas pessoas no mundo que os tem. A hipocrisia é discaradamente explícita, onde pula-se o mendigo que dorme na porta da igreja para poder assistir à missa. São essas mesmas pessoas que julgam, criticam, e rezam. E depois? Fica tudo bem, porque me comunguei na missa e todos os meus pecados foram perdoados.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Paranapiacaba


Ontem aproveitei o dia de folga para ir conhecer a vila de Paranapiacaba, onde existe o museu ferroviário da SPR (São Paulo Railway). Indiscutivelmente o lugar é maravilhoso, o museu é muito rico e para quem gosta de natureza é perfeito para sair do stress. Embora os pontos positivos sejam mais pontuais que os negativos, vale ressaltar que o museu não tem ajuda do governo, e muitas coisas estão se deteriorando pela falta de manutenção e local apropriado.


Para chegar à vila, existe um trem que sai da Estação da Luz em sentido a Rio Grande da Serra. Após descer na última estação, existe um ônibus que leva até Paranapiacaba. Particularmente eu adoro museus, e claro, é inevitável não reparar no comportamento das pessoas. Fotos com flash, tocando nos objetos, subindo nos vagoes isolados para tirar foto, um desrespeito total não só com o museu, mas com toda a humanidade que um dia se perdirá por conta de pessoas que não preservam um patrimônio. Dentro do ônibus, pessoas gritavam feito loucas, desrespeitando os idosos e outras pessoas que ali estavam e que não gostam de barulho. Minha sorte foi ter levado o fone de ouvido, podendo amenizar a dor de cabeça enquanto ouvia música.


Como a vila faz parte de uma região de preservação ambiental, carro não pode entrar, somente de quem é morador. Na antiga estação, atualmente servem apenas aos trens de carga que partem para o porto de Santos. Era dali que antigamente engatavam-se os cabos de aço para que tanto cargueiros como trens de passageiros continuassem o trajeto da linha Jundiaí - Santos. Por se tratar de uma região de serra, existe quase sempre uma neblina que cobre a região, mas não perde sua beleza.


Eu recomendo o passeio!

sábado, 31 de janeiro de 2009

O Brasil e a crise


Ultimamente ouvimos muito falar em Crise Mundial. O engraçado é que tempos atrás ouvimos falar em crise na Bolívia, crise na Argentina, e agora nos EUA. Se bem que a crise de agora é no "mundo", ou estou enganado? Vejamos... Tudo começou nos EUA, quando seus bancos receberam os calotes. A população norte americana está em decadência por não saber gastar, individando-se toda. Grandes empresas norte americanas começaram a falir, e o desemprego aumentando. Afinal, o que o mundo tem a ver com isso? Por que a crise americana tornou-se crise Mundial?
Americano é assim: O que é seu é meu, e o que é meu é meu. Mas claro que essa regra não se aplica aos problemas que o país sofre, encarregando-se de jogar a culpa no mundo e todos pagarem pelo fardo. Felizmente, a situação econômica do Brasil caminha bem, afetando nosso país muito pouco, se formos comparar os 20 países mais ricos do mundo, até o momento estamos quase ilesos. Como em todo lugar, sempre existe aquele imbecil que adora absorver o problema do outro, e se tratando de EUA, aparecem aqueles "baba-ovo" querendo que essa pobreza bata em nossa porta. Com isso, iniciam as especulações, que geram queda de bolsa, alta de dólar, empresas demitem, etc. Só o que eu não entendo é por que o dolar continua alto, já que o país está passando dificuldades, perdendo a credibilidade, consequentemente seu dinheiro deveria se desvalorizar, assim como aconteceu com o peso argentino. Claro que sempre vai haver aqueles não-americanos que vão dar sua vida pelos EUA (Não sei o que eles veem nesse país que eu ainda não vi), difícil é imaginar o papel inverso, caso o problema fosse aqui, e os norte americanos culpando vai saber quem, ou querendo comprar o país em troca da dívida.
Como dizia minha professora de Sociologia: Cada um com seus problemas.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A Educação "Num país de todos"

Em alguns (Que não são poucos) países, brasileiros são vistos como sem educação, baderneiros, festeiros e malvindos. Será que tudo que dizem sobre nós é verdade?

Depois que comecei a trabalhar diretamente com público comecei a ter certas opiniões, irritações, determinadas observações. Atualmente, pertencemos a um país que vem se tornando destaque no mundo inteiro, não só pelo Biocombustível, mas também pela força econômica que domina no momento, passando quase ileso pela crise que abalou as mais ricas e estáveis economias do mundo.
Voltando ao assunto, certo dia demonstrava um produto a um cliente, quando reclamou:

-Como assim esse produto não está a venda? Pra que expõe, então?

Difícil foi faze-la compreender que a loja tratava-se de um Show Room, ou seja, somente estavam para apresentar a tecnologia da empresa, como um teste de mercado para consultar a aceitação regional. Depois de repetir 5 venzes acabei desistindo, e aquela senhora mal humorada saiu batendo o pé e me chingando, pois queria comprar aquela revolucionária máquina de lavar louças.
Pode ser que eu seja chato demais, mas minha mãe desde criança pegava no meu pé quanto ao comportamento fora de casa. Tocar em algo era quase que um crime. Eu deveria perguntar e ver com os olhos, e pegar em algo somente quando me permitido. Seria tão bom se todos pensassem assim...
Enquanto demonstrava o sistema de telefonia viia protocolo IP para um rapaz, sua esposa passeava com seu filho no colo pela área de escritórios (Isso depois dele já ter mexido na loja toda). Aproximou-se do leitor de íris, e seu filho, estando em seu colo, começou a tocar no equipamento. Observei de longe, já prevendo o que ia acontecer. Ela via tudo, porém, nada fazia. Logo o equipamento começou a disparar, pois seu filho arrancou a parte frontal do sistema de segurança. A mulher procurou-me e disse que seu filho sem querer esbarrou no aparelho que começou a soar. Mentira! Eu a vi deixando aquele garotinho bagunçar. Assim que arrumei o aparelho, ela deu um beijo no garoto e o consolou, pois o "pobresinho" ficou assustado. Ai de mim se tivesse feito isso.
Mas atitudes como essas são mais comuns do que eu pensava. Pessoas que deitam no sofá, pegam os controles dos televisores querendo trocar a programação (Detalhe: os produtos possuem diferentes tecnologias e ninguém sabe mexer). Não imagino que pessoas como essas façam algo diferente quando saem do país, pois é, porque por incrível que pareça, o público que frequenta a loja é AB.
Cada cidadão é representante de seu país, cujo leva a imagem da nação conforme seus pensamentos, atitudes e comportamentos. Sabemos que o que dizem, em partes é verdade. Os pais estão perdendo sua autoridade perante os filhos, onde crianças crescem sem limites, tornando adolescentes insuportáveis e violentos, adultos arrogantes e achando que tudo no mundo é compravel com dinheiro.
Espero que isso seja apenas uma fase, que logo passará, e aí sim poderemos ser exemplo ao mundo, bem vindos e tratados como merecemos ser tratados.