terça-feira, 24 de agosto de 2010

Se fosse eu...



Quando Armadinejad disse que o Holocausto não existiu, tornou-se notícia no mundo inteiro, causando o maior rebuliço essa história. Afinal, as pessoas são obrigadas ou não a acreditar que um massacre existiu? Sim, são obrigadas. Existem leis em alguns países que punem aqueles que disserem em público que tal atrocidade não existiu. Mas fico pensando... As pessoas não podem ter o direito de desacreditar que aquilo aconteceu?


Acho muito injusto o foco ser dos Judeus, tanto porque não foram os únicos a morrerem nesse período. E os russos? Ingleses? Franceses? Civis? Poloneses? Pois é, ninguem comenta sobre esses que também pagaram com a vida pelo ideal alemão de um mundo perfeito.
Mas nem todos são punidos por citar o Holocausto como recusa ou até mesmo portar simbolos que remetem ao regime nazista. Essa revelação que canta, conhecida como Lady Gaga, não despertou nenhum comentário ao posar numa foto, que tornou-se capa de sua biografia, com o desenho da SS no rosto. Se fosse o Armadinejad, o Vaticano, o Papa, a ONU, Iemanjá... Todos já estariam pedindo sua cabeça, porém, nada disso aconteceu. E se fosse você?



domingo, 15 de agosto de 2010

A história do rato

Recebi esse e-mail e, achando divertido, resolvi postá-lo.

Certo dia, um homem entrou numa loja de antigüidades e se deparou com uma belíssima estátua de um rato. Bestificado com a beleza da obra de arte, ele correu ao balcão e perguntou o preço ao vendedor:

- Quanto custa?

- A peça custa R$ 50 e a história do rato custa R$ 1.000.
- O quê? Você ficou maluco? Vou levar só a obra de arte.

Feliz e contente o homem saiu da loja com sua estátua debaixo do braço. À medida que ia andando, percebeu mortificado que inúmeros ratos saíam das lixeiras e bocas de lobo na rua e passaram a segui-lo.

Correndo desesperado, o homem foi até o cais do porto e atirou a peça com toda a sua força para o meio do oceano. Incrédulo, viu toda aquela horda de ratazanas se jogarem atrás e morrerem afogadas.

Ainda sem forças, o homem voltou para o antiquário e o vendedor disse:

- Veio comprar a história, não é?

- Não, eu quero saber se você tem uma estátua da Dilma.


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O menino das meias vermelhas

Todos os dias, ele ia para o colégio com meias vermelhas. Era um garoto triste, procurava estudar muito mas na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa. Os outros guris zombavam dele, implicavam com as meias vermelhas que ele usava.
Um dia, perguntaram porque o menino das meias vermelhas só usava meias vermelhas. Ele contou com simplicidade: - "No ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo. Botou em mim essas meias vermelhas. Eu reclamei, comecei a chorar, disse que todo mundo ia zombar de mim por causa das meias vermelhas. Mas ela disse que se me perdesse, bastaria olhar para o chão e quando visse um menino de meias vermelhas saberia que o filho era dela".
Os garotos retrucaram: - "Você não está num circo! Porque não tira essas meias vermelhas e joga fora?"
Mas o menino das meias vermelhas explicou: - "É que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora. Por isso eu continuo usando essas meias vermelhas. Um dia quando ela passar por mim, vai me encontrar e me levará com ela".

Carlos Heitor Cony

Eu os declaro Marido e Marido!

A Argentina aprovou a união civíl entre pessoas do mesmo sexo. Bravo! Um avanço na História do país. Aqui no Brasil, a discussão é sempre deixada pra depois, e a lamentável ignorância de algumas pessoas atrasam o avanço do país. Situações semelhantes já foram vividas nesse país, como a Libertação dos escravos, onde fomos o último país a efetivá-la, mulheres no mercado de trabalho, utilização de células tronco, construção de Brasília entre muitas outras. Existe um atraso cultural onde tudo é motivo para eternas discussões, mudanças necessárias para o avanço do país tornam-se cautelas, encaradas como ameaça a nação. A tal ignorância compara o "casamento" homossexual com entrar na igreja vestidos para o cerimonial, quando na verdade não é nada disso. A união civíl é a comprovação da relação, decidida pelas duas partes que interessa, mediante a assinatura de um documento, assim como é feito em uma união heterossexual. Sabe-se lá quanto tempo levaremos para ver o país com os estádios prontos para a copa de 2014, o trem bala que ligará Campinas, São Paulo e Rio, o Tietê despoluído, as Marginais sem trânsito, um novo código penal, a reforma previdenciária, e tudo aquilo que já deveria ser feito há anos e não fazem, pelo atraso cultural que insistem em manter nesse país.

Quer saber por que o Brasil não vai pra frente? Repense...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O jantar com o Führer...

Só para aguçar um pouco mais a curiosidade dos leitores que aguardam ansiosamente pela continuação de O JARDIM DA LUZ, segue um pequeno trecho do que os espera:


"Cheguei em casa e segui direto para meu quarto. Ao abrir a porta, sobre minha cama avistei um belo traje de gala.
-Hans! - Exclamou mamãe ao me ver. -Trate de se apressar. Vá se lavar e vista-se para sairmos.
-Sairmos?
-Ja!

Provavelmente iríamos para algum evento especial, pois seu vestido estava impecável.
-Mutter... Não me diga que será mais um jantar político de papai?
-Acertou!
- Confirmou aparentemente furiosa.
-Gott!... Diga que adoeci e não poderei estar presente. - Pedi deitando-me à cama.
-Não!
Nesse momento Patrick apareceu trajado com sua farda Gestapo, dizendo-me com seu olhar sarcástico e tom debochado:
-Ainda não está pronto para o jantar do Führer, fedelho?
-Jantar do Führer!?
- Levantei-me assustado.
-Ja, Hans... Seu pai e família foram convidados para jantar com o Führer...
-Mas Mutter...
-Nem pense em recusar, fedelho...

Encostando a porta, mamãe pediu-me encarecidamente:
-Hans, pelo amor de Deus, não desaponte seu pai. Vista-se para esse jantar...
-Mas Mutter...
-Por mim!

Levei um tempo para pensar. Relutei contra minha vontade, porém, olhando os olhos de mamãe ao pedir daquela maneira, não resisti e acabei cedendo.
-Humpf... Está bem.
Seguido de um suspiro, ela agradeceu aliviada:
-Obrigada, filho..."

domingo, 1 de agosto de 2010

As comparações...

De vez em sempre recebo alguns e-mails, leio alguns comentários e pedidos de pessoas perguntando sobre livros com temática homossexual. A pergunta mais frequênte é se existe algum outro livro no estilo de O TERCEIRO TRAVESSEIRO, UM ESTRANHO DENTRO DE MIM, O PREÇO DE SER DIFERENTE... Obviamente, as 3 obras não seguem o mesmo estilo, pois cada uma possui uma linha literária diferenciada, porém, as 3 abordam o mesmo tema: Homossexualidade. Essas comparações que se fazem em ser o melhor ou pior é muito ruim, pois empobresse a qualidade da nossa literatura. Os autores não escrevem para sobressair perante os outros, mas sim para somar junto a eles. No meu caso, escrevo para tratar de temas pertinentes aos problemas sociais, fatos pouco explicados, sempre com uma ótica diferenciada daquela que estamos acostumados a ver. Jamais iniciei um livro pensando em ser o melhor do que um ou outro, tanto porque os mesmos seguem um padrão de escrita criado por mim, e quanto mais títulos ouverem disponíveis, melhor, independente de qualquer autor. Devemos passar a refletir sobre essa cultura aristocrática brasileira, onde busca-se sempre o melhor cantor, o melhor livro, a mulher mais bonita, a mais gostosa, o melhor aluno da classe etc. Não podem haver 2 melhores? 3 melhores? 20 melhores? A seleção brasileira só é digna de aplausos se ganhar o mundial? E o esforço de chegar até o final?
As desigualdades sociais, o egoismo, a política corrupta, a violência, tudo se explica com tais comparações. Ser o melhor... Prefiro apenas ser Lu Mounier!