sábado, 26 de junho de 2010

As enchentes do Nordeste...

Nos telejornais estão falando muito sobre as chuvas que estão devastando o Nordeste. É comovente e preocupante, pois é uma região carente de recursos. Nós, paulistanos, convivemos com desastres semelhantes no início desse ano, e claro, a solidariedade de todo o país foi o que confortou, ou melhor, minimizou a dor dessas pessoas. Quando digo que esse país continua convivendo com essa desigualdade social pelo egoísmo cultural que cresce a cada dia, vamos utilizar como exemplo o próprio desastre. Um botijão de gás que custava R$ 40,00 naquela região passou a ser cobrado R$ 60,00, ou seja, uma exploração descarada da desgraça alheia. Claro, existindo a oportunidade, os aproveitadores sempre dão um jeito de se fazerem "crescer". Mas a pergunta que não quer calar: "Por que eles continuam a explorar cada vez mais?" A resposta é simples: Por sua culpa. Para estacionar meu carro nas ruas de São Paulo hoje, tenho que pagar para um flanelinha. Mas calmai... A rua não é um local público? Desde quando um flanelinha tem a concessão administrativa daquele espaço? Pois é, as pessoas simplesmente se calam e dão a eles as moedas que faz crescer cada vez mais essa prática CRIMINOSA, e ninguém denuncia, chama a polícia. Enquanto você permanecer omisso perante as injustiças, elas continuarão a crescer, e em 20 anos nós teremos um Brasil com a 5ª maior economia do mundo, e com ela os maiores índices de violência.
Quer saber por que o Brasil não vai pra frente?
Repense em suas atitudes...

LM

sexta-feira, 18 de junho de 2010

E lá vamos nós...

Há alguns dias, ao pegar o ônibus voltando para casa presenciei uma cena desagradável. Uma senhora passou seu bilhete especial e o cobrador pediu para visualiza-lo. Recusando-se a mostrar, iniciou uma discussão.

"Eu não tenho obrigação nenhuma de te mostrar meu bilhete..."

Na verdade, ela tem sim. O cobrador estava ali, fazendo sua parte. Ela, como portadora do benefício tem a obrigação de apresenta-lo ao cobrador, pois o mesmo está exercendo seu papel de fiscal. Se estivéssemos em um país de pessoas civilizadas, não precisaria haver tais constrangimentos para ambos, porque ninguém pegaria bilhetes especiais que não os pertence para sair passando em vários ônibus, como vem acontecendo bastante.
Ao mesmo tempo em que percebo uma contradição social, vejo que há um sério problema, que é o SEU problema e o MEU problema. "Um carro velho bateu no meu em plana Marginal. A polícia teve a audácia de pedir meus documentos, ao invés de fiscalizar esse tipo de veículo". Já a outra parte pensa da seguinte forma: "Estou trabalhando, não sou bandido, é minha ferramenta de trabalho. A polícia ao invés de correr atrás de trabalhadors deveria correr atrás dos bandidos". Ou seja, nunca ninguém tem a culpa, e quando um órgão público lhe pára para conferir sua situação perante a lei acha um absurdo.
Quero lembrar que o Brasil está na situação que está porque não há fiscalização suficiente. Sem fiscalização as armas entram no país e ocupam os morros, as drogas são importadas devastando famílias, produtos são contrabandeados e vendidos para os "expertos", e em Brasília, a gráfica dos deputados com mais de 1000 funcionários em folha ganhando mais de 3,000 de salário não comporta nem 10%. E quem paga pela falta de fiscalização? Aquele mesmo trouxa que se sente indignado por ter sido parado por um fiscal.
Um país de primeiro mundo só se faz com pessoas de primeiro mundo.