quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

É possível confiar em alguém?

Essa nova experiência de trabalho vem me ensinando muita coisa. Conheci muitas pessoas, fiz bastante colegas, até comprei uma câmera semi-profissional com um vendedor camarada. Mas pensando num contexto geral, até que ponto as pessoas merecem tamanho evento do tamanho da Super Casas Bahia? Durante o tempo em que trabalhei no evento fiquei observando o comportamento das pessoas, e em certos momentos você passa a sentir vergonha de compactuar o mesmo espaço com pessoas tão sem educação quanto as que presenciei.
Certa vez uma família andava pelo Stand de ferramentas, a criança carregava um pacote de pipoca na mão, e como toda criança sem os princípios básicos da educação, acabou derrubando metade da pipoca sobre o carpete do Stand. A mãe, aos invés de recolher e dar o exemplo para a filha porque sujou onde estava limpo (atitude que se espera de qualquer pessoa digna), simplesmente exclamou: -Ai filha!... Pegando em sua mão e saindo rapidamente.
Como se não fosse o suficiente, enquanto a responsável pela faxinha não chegava, amontuei aquela sujeira no canto para que ninguém pisasse, pois é, mesmo vendo a sujeira espalhada ao chão as pessoas pisavam como se não houvesse nada. Depois de reunida em um canto, permaneci próximo para orientar a faxineira quando viesse limpar. Inacreditavelmente, um rapaz chega com seu filho de mãos dadas (o garoto deveria ter aproximadamente 9 anos de idade) e ao ver a pipoca no canto ele vai com os dois pés direto sobre elas. O que esperamos de um pai numa horas dessas? Nada... Porque tive eu que ir até o garoto e pedir para que não pisasse no LIXO como um selvagem. O pai saiu de cabeça baixa sem dizer NADA ao filho.
Essas foram algumas das situações que observei e presenciei. O que me deixa mais chateado é que esse tipo de coisa são protagonizadas por BRASILEIROS, os mesmos que reclamam que o país não vai pra frente, que falam mal do governo, que se corrempem por qualquer trocado, que jogam lixo nas ruas.
Furtaram 3 canetas minhas que estavam sobre a bancada, e detalhe, as canetas eram das mais ordinárias e comuns do mercado. No Stand de batedeiras, a promotora comentou que roubaram a espátula da batedeira e um botão da centrífuga. Também já levaram 2 garrafar de água minha, que estavam pela metade.
Fora essas situações "mínimas", a falta de educação das pessoas vai além de qualquer limite. Você diz "Boa tarde!" e as pessoas não respondem, olham de cara feia. Mexem em tudo, pedem para os vendedores tirarem tudo do lugar, e no final não compram nada. Tratam os funcionários como se fossem empregados, disponíveis para servi-los a todo momento. Sem falar no ônibus que leva do metrô ao evento, pessoas nojentas gritam com a cabeça pra fora, tiram da bolsa enormes pacotes de sagadinho de cebola com refrigerante de 5ª categoria e armam seu pic-nic (isso porque é proibido consumir alimentos e bebidas no interior dos ônibus).
Seriam detalhes isolados? Seriam, claro, mas quando paramos para observar mais de perto, enxergamos que essas pequenas atitudes refletem na situação do país em que estamos vivendo. Essa violência crescente, acidentes, mortes, tudo está relacionado quando desdobramos a ótica simples dos fatos. Essa sociedade egoísta que vem se tornando cada vez mais fechada, levará o país a uma guerra do "quem pode mais".
Faço minha parte, porque educação e respeito é o mínimo que uma pessoa digna tem que ter, isso é o que define o caráter, independente da classe social.

Um comentário:

Cauzinha disse...

É vc tem razão... Trabalho no hospital das clinica e presencio a falta de educação das pessoas todos os dias !
E o que é pior: O mau exemplo que os pais estão deixando para os filhos!!!
Carla