sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Justiça!

Justiça! Justiça! Justiça! Faremos justiça sim, cada um no seu quadrado. Clama-se por ela, mas poucos a praticam. Todos a querem, mas poucos levam-a consigo. Vamos utilizar o programa A FAZENDA como exemplo. Depois de passar por um terrível e lamentável episódio envolvendo hipocresia, preconceito e humilhação, Geyse não se abalou e deu a volta por cima, utilizando as pedras que a jogaram para construir seus degraus. No primeiro episódio do programa os participantes tiveram que caminhar por um longo caminho de terra, seguindo indicações apontadas pelo trajeto. Talvez seus companheiros não se deram conta ao deixarem a jovem para atrás. Mas isso foi só o começo. Durante o programa, ao vivo, uma gincana que valeria um carro no valor de cem mil reais, foi cenário de mais injustiça. Ao questionar quem NÃO deveria ganhar o automóvel, a platéia gritava o nome de Geyse. Pergunto: Por quê? Minutos depois, a loira saiu da gincana vitorioza. No dia seguinte, ao dividirem os participantes em três grupos, os líderes de cada equipe deveriam escolher a quem queria juntar-se, e ao final, Geyse "sobrou". Já parou pra pensar e se colocar no lugar dela? Como você se sentiria sendo rejeitado, excluído pelas pessoas ao seu redor? Você deve estar se perguntando: O que eu tenho a ver com isso?
Tudo. Esse exemplo mostra claramente a sociedade brasileira, injusta e egoísta. Quando você separa as pessoas e as classifica dessa forma, cria-se a desigualdade baseada no preconceito. Não entendeu? Vou ser mais claro. Assim como aquelas pessoas que agrediram Geyse verbalmente e quase fisicamente na faculdade (Que deveria estar fechada para todo sempre) chamando-a de todos os nomes possíveis, os administradores públicos classificam a nossa sociedade. Em bairros ricos as ruas possuem asfalto liso, ruas limpas, as praças são iluminadas, as passarelas são arquitetonicamente pensadas e mescladas ao paisagismo, os parques possuem obras de arte, entre muitas outras coisas que não se faz em bairro de pobre. Pra quê? Pobre não precisa de nada disso. Faz um cercado com algumas árvores no fim do quarteirão e coloque o nome de alguém, chamando-a de praça. Vamos construir uma passarela de madeira e ferro só pra quebrar um galho, depois a gente constrói uma de cimento batido para "essa gente parar de reclamar". Metrô com ar condicionado não é preciso, porque essa gente nem sabe o que é isso.
Ainda não ficaram claros os exemplos? Então apenas compare a Estação Corinthians Itaquera do metrô e a Estação Faria Lima. Não preciso dizer mais nada, né? Agora, se você acha que isso é normal, parabéns! Graças a pessoas como você esse país continuará no terceiro mundo, mesmo sendo a quinta maior economia.

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