quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Conto: O último ônibus

Rogério segue para o ponto de ônibus após mais um dia de aula, como fazia rotineiramente. Segurando sua mochila com apenas uma alça ele usa sua mão pra tirar sua carteira do bolso traseiro da calça. O ônibus chega. Rogério entra. Ao cruzar a catraca Rogério percebe que o cobrador deu uma olhada diferente. Ele sabe que ali existe algo além do normal. O cobrador de traços indígenas não disfarça seu desejo, enquanto Rogério acomoda-se no último banco daquele corredor vazio. A viagem não é muito longa, mas deu tempo suficiente para que ambos deixassem a imaginação falar mais alto. Já passava da meia noite quando o ônibus chegou ao terminal. Rogério desce. Louco de desejo o cobrador desce logo em seguida. Rogério entra no banheiro. Desabotoando sua calça o cobrador o segue. Com seu braço forte ele pega Rogério e o prende na última repartição. Rogério tira sua mochila das costas, enquanto o cobrador desce as calças. Ambos se beijam como se fosse um saciar de saudade. Rogério empurra o desconhecido contra a parede e começa a deslizar sua lingua pelo seu corpo liso e nu. As peles se arrepiam de tesão. A respiração se torna mais intensa, ofegante. Os músculos de ambos se contraem, já molhados de suor. O cobrador safado aperta as coxas de Rogério ao ser penetrado. Os movimentos pélvicos evoluem sincronizadamente. As mãos seguram o quadril, enquanto as outras deslizam pela cerâmica da parede branca como algodão. O Jovem estudante geme no ouvido do cobrador devasso, enquanto o pede que bombe com força. Rogério puxa seus cabelos, chupa seu pescoço. Ambos deliram de prazer. No silêncio daquele início de madrugada, apenas os dois compartilhavam aquele segredo. A sensibilidade dos corpos atingia seu ápice, quando Rogério ejacula com vontade. No auge do orgasmo ele penetra com força, até o fundo. Os dois se abraçam, respirando fundo enquanto se recuperam da libido provocada.
Já vestidos, Rogério sai após se despedir com um longo beijo molhado. O que aquele cobrador ousado não desconfiava era que o garoto de aparência tímida escondia um homem safado, gostoso e forte. Ao final, partiram sem ao menos saber os nomes.


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